sábado, 12 de abril de 2008

O plural e o amontoado



Duas linhas, vertigens horizontais.
Guardam os limites da estação,
são tantos milhões de passos
marcados por aquele chão.
Carregando cada um, sonhos
Doces como uma ilusão, e ali
cada paixão tem seu perdão.
O paradoxo eterno do amor
emana na alma desse lugar
que só sabe fazer partir e chegar,
cerrar o sorriso de quem espera
encerrar a saudade, e não se nega
amor se apega até em meio ao vão
e é impossível dizer quem irá partir
cada um leva na palma da mão
o seu destino e o de seu coração.

Autor: Daniel Augusto
Arte: Tadeu Kendy